domingo, 27 de abril de 2014

A facilidade com que julgamos os outros


Não a conhecia, nem nome, idade, de onde era, o que fazia ou tão pouco porque ali estava. No entanto, como se escutar um mero telefonema fosse suficiente, achava que já sabia tudo sobre ela. Não fora intencional, mas inevitavelmente encontramos nas conservas dos outros um modo de fazer adiantar os ponteiros do relógio nas viagens de autocarro.

Nervosa, espontânea, responsável, com destino onde chegar, um passado, um futuro, trabalho, estudo, família, responsabilidades, desilusões, objetivos. Enfim, uma vida sua. E eu nem o nome sabia.

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