quarta-feira, 16 de abril de 2014

Lufada de ar fresco


Por vezes somos levados a tomar decisões que mudam todo o caminho original que tínhamos preparado. Talvez, tenha sido por isso que quase me perdi. Quando escolhi a ‘cidade aos pés da serra’, pensei que seria o melhor que podia fazer. Depois desiludi-me: inevitáveis comparações desmotivaram-me; já não estava na ‘faculdade de excelência internacional’, mas sim, na faculdade onde não devo esperar de um professor que ele me ensine. Pus a nu todos os defeitos que me lembrei, e mal sabia que tantos havia mais. Ouvi dizer que eu não sabia o que queria. Arrependi-me. Chorei. Tive saudades de Santiago. Sabia que estava longe do melhor, mas continuei. Seguiram-se altos e baixos, criei hábitos, conheci pessoas, valorizei momentos e as amizades fortaleceram. Os mimos foram atenuando o rasto da desilusão. Não pensem que aceitei, talvez isso nunca aconteça, afinal, não há amor com o primeiro. Levo comigo a vontade de voltar. Mas importa-me, agora, que não passe um único dia sem que tenha a certeza que dei o melhor de mim. Houve opções que me escaparam e que não vão mais fazer parte da minha vida, mas haverá muitas outras que posso conquistar, haja motivação para isso. Se o meu futuro me pertence, é unicamente de mim que ele depende. 

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